sábado, 7 de agosto de 2010


Carta de Apresentação da ENESSO VERMELHA Gestão 2010/2011




Saudações!

Neste último ENESS, marcado pela revisão estatutária realizada periodicamente de três em três anos, diversos setores organizados do MESS, motivados pela importância do momento e pela inquietação acerca dos rumos que a ENESSO vem tomando de Londrina até os dias de hoje, sentaram e dialogaram em cima de propostas que visavam responder as problemáticas postas para nossa organização. Dispensando a pretensão messiânica de certos grupos, e priorizando o diálogo fraterno, coletivos de diferentes regiões voltaram-se para a real necessidade de fortalecer o MESS, direcionando seus esforços para os CAs/DAs e secretários/as de escola da ENESSO, isto é, para o movimento de base, entendendo que, acima de qualquer vanguarda autodeclarada, é preciso fomentar a construção coletiva, atingindo o máximo de estudantes em torno de um programa comum.

Em face de duas significativas e importantes mudanças no nosso estatuto (a supressão da União Nacional dos Estudantes – UNE e a descentralização da Coordenação Nacional da ENESSO) fica evidente o redirecionamento político-organizacional impresso pelas deliberações dos/as estudantes de Serviço Social no seu fórum máximo – ENESS.

A evolução do encontro levou a constatação de dois blocos políticos, que ao longo do ENESS disputaram o espaço mediante intervenções em mesas, brigadas, na própria revisão do estatuto, colocando suas propostas e realizando reuniões objetivando a edificação de um programa para ENESSO.

Ao final do encontro, na eleição da Coordenação Nacional, duas chapas, como já era esperado, se colocaram. A chapa 1, ENESSO VERMELHA (Coletivo Barricadas, Juventude Comunista Avançando, Consulta Popular, Coletivo Quebrando pedras , plantando flores, Coletivo Construindo pela Base e Independentes), fruto de um amplo e enriquecedor diálogo entre militantes de diferentes organizações e de diferentes regiões, mas com um horizonte programático comum, venceu com 98 votos contra 54 da chapa 2, Avançando na Luta, formada por militantes da ANEL e parte, também, do PSTU. 14 votos foram de abstenções.

A recusa à chapa 2 mostrou a insatisfação dos/as estudantes de Serviço Social a política tocada por aquele grupo e a necessidade de reorganização do MESS pela base, e embora seja a isso que nos propomos, sabemos , no entanto, que não dependerá somente de nossa vontade, mas sim de um esforço coletivo, de uma articulação conjunta entre os CAs/DAs, secretários/as de Escola , Coordenações Regionais e Nacional da ENESSO e ABEPSS Discente. Para tanto, convocamos todos e todas para esta necessária e profícua construção. 

ENESSO VERMELHA – Gestão 2010/2011

Mario (UNICASTELO/ região VII) – Secretaria Geral – responsável pela reg. I
xmrpereirasx@gmail.com – F: (11) 25135841 

Kim (UFPE/ região II) – Coord. relações internacionais- responsável pela reg. I
kimtaiu@hotmail.com – F: (81) 87331988

Nilmar (UERN/ região II) – Coord. De form. Político Profissional – responsável pela reg. II
nilmar_phn@hotmail.com - F: (84) 99134011/81062937

Eluana (EMESCAM/ região V) – Coord. De Movimentos Social - responsável pela reg. II
lua.seso@yahoo.com.br – F: (27) 99127869

Lucas (UFBA/ região II) – Coord. Opressões- responsável pela reg. III 
lucasaraujo07@hotmail.com – F: (71) 87267029

Lola (Paola) (PUC RS/ região VI) – coord. De finanças - responsável pela reg. IV
ppiumato@hotmail.com – F: (51) 96760348

Davi (UFSC/ região VI) – Coord. Geral - responsável pela reg. IV
davi_perez@yahoo.com.br

Achille (UFRJ/ região V) – Coord. De Comunicação - responsável pela reg. V 
achillinho@yahoo.com.br – F: (21) 22780423

Cintia (UEL/ região VI) – Coord. De cultura – responsável pela reg. VI
cintiavaleria20@yahoo.com.br – VI – F: (43) 84179456

Luisa (PUC SP/ região VII) – Coord. De mov. Sociais – responsável pela reg. VII
luiza_apeor@hotmail.com – F: (11) 98917148/22036727


PROGRAMÁTICA
Vivemos, desde meados dos anos 70, um contexto de crise estrutural do capital e de imperialismo hegemônico global, centrado em uma potencia econômica e militar, os EUA. O capitalismo e o capital se aproximam dos seus limites históricos e sistêmicos, não restando alternativa positiva para a humanidade por dentro do modo de produção capitalista.
Na América Latina existe uma realidade de capitalismo dependente, onde a burguesia nativa é plenamente associada aos monopólios estrangeiros e seus interesses imperiais. Na América Latina, ao lutarmos contra o imperialismo já estamos lutando contra o capitalismo, pois ambos representam o mesmo bloco de poder indissociável. Até as bandeiras nacionais e democráticas que nos países centrais foram fruto do próprio desenvolvimento do capitalismo, em nosso caso só poderão ser conquistadas contra esse desenvolvimento, unindo-se desde o início à revolução socialista.
Seu desenvolvimento na América Latina a partir do neoliberalismo acentua o processo de precarização das relações de trabalho, mercantilização das relações sociais bem como a miséria e a pobreza.
Temos hoje uma implementação continua do neoliberalismo no Brasil apesar dos ritmos diferenciados ao longo da década de 90 e a primeira década do seculo XXI.
Em torno desta analise entendemos que as lutas do movimento estudantil e os movimentos sociais devam se travar em conjunto, as lutas no campo, nas favelas, na ruas e na universidade para construir uma contra-hegemonia capaz de transformar a sociedade.
As universidades brasileiras sofrem um ataque seríssimo com o processo de reforma universitária que precariza o ensino superior publico e oferta verba para o ensino privado através de programas para parcerias-publico-privadas. Não significa porém que antes destas reformas as universidades estavam boas, elas eram também reflexo da sociedade desigual.
Defender o currículo da ABEPSS, uma universidade com acesso para todos, com ensino, pesquisa, extensão é uma defesa diretamente ligada ao profissional que esta sendo formado. Um projeto contra a mercantilização da educação.
Neste sentido construímos alguns pontos a serem movidos no MESS:

1. Construção do MESS com os movimentos sociais entendendo a totalidade das lutas pela superação da ordem capitalista.

2. Reconhecemos a FENEX enquanto espaço fundamental para o diálogo com as demais executivas de cursos.

3. Pela democratização dos meios de comunicação, debate e fomento com os espaços e instrumento de contra-hegemonia da mídia como o jornal Brasil de fato.

4. Um blog da ENESSO que apresente tanto os temas referentes ao MESS, mas também ao que acontece no ME em geral, categoria profissional e movimentos sociais. Artigos, calendários de luta, links, documentos.

5. Novo posicionamento em relação à conjuntura nacional interna se expressa no combate ao neoliberalismo e não meramente a personificação demoníaca de figuras. Acreditamos que o capital se organiza através de diversos aparelhos articulados.

6. Solidariedade a revolução bolivariana em curso, bem como a resistência cubana em defesa do socialismo.

7. Apoio ao MST e outros movimentos camponeses e urbanos (via campesina, MTST, MAB, MPA,MTD) enquanto movimentos centrais na luta de classes.

8. Por uma articulação com o ANDES-SN e demais entidades da categoria docentes.

9. Contra a criminalização dos movimentos sociais.

10. Fomentar os cursos de formação política como CRB “curso realidade brasileira” e construir com o fórum nacional de monitores (como funciona a sociedade, análise de conjuntura, questão de gênero entre outros).

11. Fomentar os ELESS como forma de mobilizar a construir a base.

12. Pela consolidação do PEP vinculado a instrumentalidade do norte teórico metodológico marxista.

13. A ENESSO se materializa através do trabalho de base, articulação com CA's, DA's, secretários de escolas, CR's e pelos demais estudantes construindo em conjunto. Não se materializa apenas pela eleição.

14. A ENESSO é porta voz das deliberações do ENESS e não de interesses corporativos deslocados da base do MESS. Contra o aparelhamento politico da executiva.

15. Fomentar a discussão da cultura e as consequências da mercantilização e apropriação das suas expressões pela indústria cultural de massas.

16. Por uma cultura livre da intervenção política- ideológico-capitalista.

17. Fomentar a organização política e discussão acerca da formação profissional dentro do MESS. Assim como imprimir a questão do aprofundamento teórico do ME. Articulado com o caráter progressista (seguindo o norte teórico metodológico marxista) que predomina hegemonicamente com as diretrizes curriculares da ABEPSS. 

18. Fomentar o debate aprofundado e qualitativo acerca do ensino de qualidade: o ensino que temos e o ensino que queremos. Por uma universidade popular.

19. Juntamente com as representações discentes em ABEPSS, incentivar as produções cientifica no sentido de garantir o conhecimento das diretrizes curriculares da ABEPSS, do PEP e com isso fortalecer a defesa de um ensino de qualidade em todas as modalidades (EAD's, presencial e semipresencial) tanto em universidades publicas como privadas.

20. Pensando em uma perspectiva de totalidade, fazer uma defesa do debate acerca do ensino de qualidade, potencializando o combate a expansão massificada, intencionando articulação política dos estudantes das diversas modalidades de ensino unificando a luta por uma universidade pública gratuita, laica, de qualidade, popular e com ensino presencial.

21. LUTAR PELA UNIVERSIDADE POPULAR.

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